Me contaram que ela não tinha tanta experiência, ela já tinha uma outra menina e tudo estava previsto e com todas as expectativas para eu ser um menino. Mas depois da ultrassom descobriram que eu era uma menina, o casal ficou feliz e com a preparação para a minha chegada. Antes de eu nascer ela escolheu meu nome, meu pai concordou e aí a Raquel chegou. Nasci com 4 quilos, grande e fofinha.

Minha irmã tinha 3 anos e ficou com ciúmes. Eu entendo ela, pois quando a mamãe estava grávida dos meus irmãos gêmeos fiquei morrendo de ciúmes. Mas assim como ela, foi só eu ver o rosto deles para eu pirar e amar eles. Haha 

Falar da mulher da minha vida é muito fácil e difícil. Fácil porque posso passar horas e horas falando das qualidades dela: linda, mãezona, franca, cuidadosa, carinhosa, cozinheira de mão cheia, espontânea, sorridente, sensível, ótima dona de casa, me mima muito, melhor amiga, posso contar sempre... E muito mais qualidades. Difícil porque ela é tão maravilhosa que me faltam palavras para descrevê-la. 

Hoje eu posso dizer que minha mãe é minha melhor amiga. Depois de vários acontecimentos percebi que tinha uma parceira e que podia contar com ela sempre. Lá vem o clichê de quem mora sozinha ou longe de casa, mas só percebi o quanto que eu preciso dela para tudo quando me vi sozinha aqui nessa nova cidade e ligando pra ela em 15 em 15 minutos.

Em um dia, na primeira semana que eu vim pra cá, começou  chover e procurei uma meia e uma camisa de manga longa dentro das coisas que compunha o cenário do meu quarto e percebi que não tinha trago. Me embrulhei morrendo de frio e misturado com a minha TPM chorei baixinho com saudades dela imaginando ela dizendo pra eu trazer uma roupa de frio confortável. Besteira, né? Mas esse foi um dos fatos que aconteceram para eu dá mais valor em um final de semana ao lado dela.