Cotidiano

01:04

Esses dias estão corridos, iguais ventos fortes de inverno, tanta coisa acontecendo, tanta coisas se esvaindo e eu aqui pensando em como anos atrás eu conseguia tempo para ficar imaginando o momento em que minha vida fosse exatamente assim. Assim. Desse jeito corrido. Quem diria a tempos atrás que o único momento que eu teria livre seria pela manhã quando tiro 15 minutos para meditar antes de enfrentar a vida, ou quando fico doente igual hoje... Será que eu cheguei a  pensar que a faculdade pudesse não ser tão legal assim? Apesar de saber que amo cada dia em que eu aprendo algo novo tem dias que cansa, sabe? E tudo bem cansar dessas coisas. 

Tem dias que são iguais hoje, que o que eu mais queria era continuar jogada na cama pensando em como seria minha vida daqui a 10 anos. Quantos sonhos eu irei ter realizado? Mas aí eu lembro que sou aqueles tipos de pessoas que não apenas sonha, mas sim que sonha com o propósito de realizar esses sonhos. E sabe? Me orgulho muito disso. Aliás, é justamente por causa dessa menina afoita que existe dentro de mim - que cambaleia de vez em quando, mas que logo depois se reergue e se reinventa - que estou aqui. Exatamente onde deveria estar. A um ano e alguns meses para me formar. Com todos os planos traçados para os próximos 10 anos da minha vida. E tudo bem se planejar.

Agora. Com a maquiagem que ainda preciso retirar, com insônia e com muito frio. Sei que preciso acordar cedo pela manhã, pois terei que passar 100 camadas de rímel para disfarçar as olheiras, já que daqui a algumas horas farei a exposição de um plano de aula que colocarei em prática no meu estágio. Essa insônia pode ser nervoso do que está por vir, ou pode ser apenas ansiedade, pode ser o stress dessa vida corrida, ou pode até ser por causa da minha dor de estômago que atacou de novo. Mas estou feliz. Estou a um passo de novos planos. De novas conquistas e a cada dia penso que vai valer à pena. 

Aliás, vai valer à pena ter sonhado, ter me dado náuseas de ansiedade antes das provas de vestibulares, ter furado inúmeras vezes com as amigas, ter ficado doente longe dos meus pais, ter sido obrigada a deixar esse blog um pouco de lado, porque no final, tudo o que aquela menina de anos atrás - que sonhava em sair de uma cidade pequena, ter mais responsabilidades, querer morar sozinha, parar de ouvir as colheres batendo no prato na hora do almoço, deixar de ser tímida - ela conseguiu realizar. E esse é só o começo.

Você ainda vai longe menina!

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