Meu mês de novembro foi diferente. Muito diferente. Com a chegada do calor e a ida da chuva tudo parecia brilhar de uma outra forma, nesse mês me surpreendi com tantas coisas para fazer e pouco tempo para sonhar, mas para ser sincera, eu gosto exatamente assim. Não ter tempo, pode parecer tosco, mas sempre foi um dos meus sonhos. Tudo bem que os amigos reclamaram de eu não ter dado atenção para eles, mas mesmo assim não me incomodei, estava feliz demais com os meus projetos dando certo.
Percebi nesse mês que uma das melhores coisas que eu fiz foi fazer metas por mês e mostrá-las realizadas por aqui, percebi que listas são amorzinho e que as quero por perto sempre, percebi que as coisas fluem melhor quando me organizo, percebi que é mais fácil do que parece fazer uma coroa de flores, percebi que perder a timidez em frente as câmeras é moleza, percebi que ter um mural para cada coisa específica da minha vida é uma loucura boa e percebi que falar percebi muitas vezes me causa toc.
Como sempre viajei todos os dias para à faculdade, exceto sábados e domingos. E nessas viagens convivi com variados tipos de pessoas e quando eu não estava dormindo eu estava observando elas. Por exemplo. A moça do sapato muito alto, que até agora não consegui entender como ela se equilibrava em cima dele às 6 e 30 da manhã. O menino dos olhos azuis de 3 anos que me mostrava a língua e encrencava comigo até chegar no seu destino final e ainda teve a ousadia de me dar tchau na descida. A velhinha que não pagava passagem e foi destratada pelo cobrador, mas que acabou tudo bem porque o motorista era um amor.
Entre essas e outras seguiu minha vida no mês de novembro. Entre as outras, está que eu chorei com um e-mail de uma leitora em que ela dizia que leu até a última página do meu blog. Recebi uma cartinha de uma amiga distante e mensagem de voz no whatsaap encorajadora. Conheci virtualmente várias blogueiras conterrâneas e provavelmente as conhecerei pessoalmente.
Na faculdade me esforcei mais, deixei algumas coisas um pouco de lado (não que fosse menos importante) para poder me focar na última disciplina. E juro que até foi engraçado, gostei tanto dessa última matéria do ano que me pegava trocando as redes sociais por uma leitura de uma apostila sobre APD I, claro, acompanhada de um bom café. Letras tem me conquistado cada dia mais. E fico orgulhosa com isso.
Muitas coisas aconteceram, vi a chuva bater no telhado enquanto ouvia Taylor Swift e imaginava minha vida pelos próximos 10 anos, vi vários pôr do sol de tirar o fôlego, descobri um lugar muito legal para fotografar look do dia, dormi agarradinha com a mamãe e mais algumas outras coisas que já até me esqueci, mas consigo realmente lembrar do meu sorriso em umas e lágrimas em algumas outras. Notícias tristes me abalaram e outras alegres me confortaram. Fiquei com febre, gripada e cansada, mas tudo ficou bem. Viajei com a minha família e percebi como sou feliz. Assim o mês de novembro se passou e junto com os meus pensamentos me refiz.